Essa madrugada eu perdi o sono e assisti a reprise do Fantástico no Globo News... E dei de cara lá com a reportagem sobre a busca de direitos iguais entre mulheres e homens, o que a meu ver acho certíssimo. Nunca entendi essa regra de mulher pagar menos... E se a gente busca organizar as coisas, mexer nas baladas e folias é sim um bom começo. Aliás precisamos mexer tanta coisa nas baladas e nas folias, né? Pq precisamos mudar a cabeça do ser humano. Que infelizmente tem se escondido na "noitada" em suas felicidades engarrafadas. E disso eu posso dizer com propriedade... Quantas vezes acreditei que tava feliz gritando uhu levantando tacinha... Bom, mas talvez isso seja assunto para outro post.
O fato que quero chamar a atenção aqui, é o tal "direito igual". Mulheres pagam R$ 40,00, homens mais de R$100,00. E a gente tenta entender o verdadeiro motivo dessa regra bem ridícula... Será mesmo que eles bebem mais? Tenho amigas que consomem muito mais que os mocinhos. E se a casa quer agradar seus consumidores mais assíduos, não seria mais justo quem consome mais, pagar menos nos estabelecimentos? Sendo mulheres ou homens. Uma graça para quem rasga dinheiro em camarote por exemplo. Afinal, quem consome milhares numa noite deveria ter entrada liberada. Desconto especial para quem faz com que as casas se sustentem. (Deve ser assim já, né?)
A mulherada, além de pagar ingresso igual, podia pagar sua bebida tb, né? Entortou seu nariz pra mim aí, Miga? hahahahahahha... Talvez isso nos ajude a mudar. Quantas vezes, eu e minha louca amada amiga Bibi montavámos nossa mesinha perto do camarote de nossos coleguinhas e eramos assaltadas por moiçolas saudáveis o suficiente para trabalhar e pagar suas bebidas. Certa vez não me aguentei e dei um tapinha mal criado nas mãos de uma e soltei a frase: "-Queridinha, se nem eles estão pagando bebida para vc, não sou eu quem vou pagar". Ela: "ah me desculpe, achei que era dos meninos". -Pensei... Uai... Se era "dos meninos" pq ela tava metendo a mão? É claro que cavalheirismo é outra coisa. E que seria ótimo se homens e mulheres pudessem bater suas tacinhas em tim-tim´s infindos sem que a conta pesasse após a ressaca. Mas alguém tem que pagar a conta, não é mesmo? Quantas vezes vi mulheres saindo de casa só com a identidade. Quantas vezes ouvi no banheiro feminino: "Vou arrumar um otário para pagar minha conta.". É desse penamento sobre humano que precisamos nos livrar!
Não é feminismo, ou machismo. É educação. É pensar um cadico nos outros. "Marina, isso não é nada pra ele, ele paga para todas." Frase que ouvi trezentas vezes... -Onde chegamos? Quando eu saia com esses meninos acostumados a bancar a folia delas... Eu ficava me perguntando o que era de verdade ali. As vezes me sentia num Comercio. Numa feira. Onde sorrisos e gritinhos cercavam os "reis" da balada. Muita imagem... Ninguém podia dançar até se acabar... Não podiam sair da cerquinha pq senão perdiam a "bocada".
Na hora de beijar na boca?! Uma tristeza. Ninguém representava nada ali. Sabe o que é complicado nesses grupos? Vc se apaixonar. Eu já me apaixonei... (e não foi só uma vez). Iludida que aquele comportamento "vip" era uma forma para me mostrar que eu era especial pra ele. Eu fui vista como mais uma. Se é que fui vista. Não deve dar para ver ninguém com tanto pisca pisca e barulho na cabeça, né? Muita gritaria e explosão...
Eu queria conhecer verdadeiramente o cara. Eu queria ver de dia, fora de tantos holofotes... E o que mais me interessava nele, foram os papos maravilhosos que tivemos, frente a tv da sala da sua casa sem "furulagem". Eu queria usar a balada para gente comemorar a alegria do nosso dia... Mas, fui mais uma. Quem a gente pensa que é, não é mesmo? Pq claro, ninguém, até tendo um ótimo coração, consegue escutar suas batidas, tendo que administrar as noitadas cinematográficas. Uma festa dentro da festa. Uma vida dentro da vida. Que claro, nunca foi minha.
De repente, uma viagem separou esse ambiente de balada da gente. E acabei me encantando de dia, por outro cara. E as noitadas que pegamos juntos, eram mágicas. A gente parecia se conhecer no olhar. E olha que nem fiquei com ele na folia... Precisei de tempo. E de entender um pouco mais o que me oferecia. E??? Não deu certo tb... O "cinema" nos separou. Eu presa num set de filmagem e ele nessas inacreditáveis noites cinematográficas... Sabe o que rolou? Peguei pânico desses amores. E desses passaportes VIP´S para realeza, que acabaram me custando muito caro. Muito core... Não sei pq estou falando disso, hj... Depois de tanto tempo... Mas, talvez pq balada me remeta a esta época... A essas experiências... Que com pesar, me machucaram muito.
Não vou ser hipócrita, adorei todas as vezes em que eu fui servida, e muito bem servida por sinal. Odiei quando percebi que isso não era uma gentileza. Adorei pagar e servir para os meus amigos e amores, odiei quando percebi que isso não era amizade, nem amor... Rs...
O que seria de nós sem o dinheiro?! A pessoa que mais me enxergou não tinha um tostão no bolso. Não fomos a balada alguma... E vivemos dias cinematográficos, reais...
Pois bem sua linda, se ainda busca seu amor na noitada... Que vc tenha mais sorte do que eu... E o bolso mais cheio. Mas, saiba que direitos iguais, é uma ótima forma de pessoas diferentes se enxergarem, verdadeiramente.
Só resta agora, conseguirmos salários iguais aos deles. Depois disso, lembrarmos o quanto somos diferentes e o quanto com os mesmos direitos, podemos nos completar!
Beijo Grande e até o próximo post...
Marina Azze
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